1. (Uel 2005) Analise a figura a seguir.
Com
base na figura e nos conhecimentos sobre a Modernidade, é correto afirmar que a
pintura:
a)
Representa, com ironia, as disputas religiosas entre católicos e protestantes,
desencadeadas pela Reforma Luterana.
b)
Registra o descontentamento e a revolta dos camponeses germânicos com a
opressão servil imposta pela Igreja Católica.
c)
Apresenta, com realismo, os movimentos heréticos que contestavam a Igreja e
pregavam o desapego aos bens materiais.
d)
Representa a indignação dos intelectuais ligados à Igreja Católica, os quais,
sob a influência do Humanismo, acusavam o alto clero de práticas imorais.
e)
Registra uma cena cotidiana de atividades industriais realizadas no centro dos
pequenos burgos europeus em crescimento.
2. (Pucsp) A doutrina calvinista estabelecia para seus adeptos
uma vida regrada, disciplinada, dedicada ao trabalho, afastada do ócio, dos
vícios e da ostentação. Esse código de conduta levou alguns autores, dentre
estes Max Weber no livro A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo, a considerar
esses princípios do calvinismo como fatores que favoreceriam o processo de
acumulação capitalista. Dentro dessa doutrina, apoiada numa interpretação
particular da noção de onisciência divina, conformar-se a esse ideal de conduta
não seria o caminho para a salvação, mas seus resultados visíveis - o sucesso
material - dariam ao eleito a confirmação do estado de graça.
Esse código de conduta fundamentava-se no princípio doutrinário
que pregava
a) a justificação pela fé, ou seja, a fé como meio de obtenção
da graça e da salvação.
b) a predestinação à salvação, ou seja, a ideia de que alguns já
nascem escolhidos por Deus para serem salvos, estado impossível de ser
modificado, passível, apenas, de ser reconhecido pelos "sinais"
presentes na vida dos "eleitos".
c) a salvação pelas obras, ou seja, a redenção por um ato
voluntário do indivíduo, que deveria cumprir os mandamentos divinos, praticar a
caridade, intensificar orações e peregrinações.
d) a vocação missionária e a opção pelos pobres, ou seja, a missão
de pregar o evangelho e difundir a doutrina especialmente entre aqueles que se
achavam destituídos das riquezas terrenas.
e) a
valorização do ascetismo, a flagelação do corpo e a negação da posse de
riquezas materiais como meios de alcançar a graça divina, afastando da mente e
da alma aquilo que seria considerado "tentação da carne".
3. (Pucpr) As Guerras Civis Religiosas do século XVI na
França favoreceram o fortalecimento do poder absoluto dos monarcas da dinastia
Bourbon, que reinaram do século XVI ao XVIII e parte do XIX. Assinale a única
alternativa errada no que se refere ao absolutismo real na França:
a) Luís XIII, filho de Henrique IV e Maria de Médicis, teve
longo reinado, sendo muito ajudado pela hábil política do Cardeal Richelieu.
b) Luís XIV marcou o auge do absolutismo real, mandou construir
o suntuoso Palácio de Versalhes e continuou, através de Colbert, a aplicar o
mercantilismo no plano econômico.
c) Na Guerra dos Sete Anos (1756-1763), sob o rei Luís XV, a França
vitoriosa tomou aos ingleses partes da Índia e, na América, a enorme região da
Louisiana.
d) Na Guerra de Sucessão da Espanha (1701-1713), França e
Espanha lutaram contra uma coligação europeia. Os tratados de Utrecht e Rastadt
definiram a paz. A França perdeu para a Inglaterra a Terra Nova e Acádia e a
Espanha perdeu Gibraltar, ainda em poder daquela potência insular.
e) Henrique IV fundou a dinastia de Bourbon e pacificou a
França, tendo os protestantes (huguenotes) alcançado liberdade de culto e o
domínio sobre várias cidades fortificadas, nos termos do Edito de Nantes
(1598).
4. (Cesgranrio) Os movimentos reformistas religiosos que
surgiram na Europa moderna, entre os séculos XV e XVI, variaram em seus
fundamentos e prática frente aos dogmas religiosos instituídos pela Igreja
Católica. Marque a opção que relaciona corretamente um desses movimentos
reformistas com seu fundamento doutrinário.
a) O humanismo defendeu a extinção do Papado como necessária
para o desenvolvimento de uma nova religião baseada na tolerância e no respeito
às crenças religiosas individuais.
b) O luteranismo condenou a doutrina da predestinação e a livre
interpretação das escrituras sagradas.
c) O calvinismo, em sua concepção moral, valorizou o trabalho e
justificou o lucro, formulando uma doutrina que correspondia às necessidades de
uma moral burguesa.
d) O anglicanismo instituiu uma doutrina protestante, cuja
hierarquia eclesiástica subordinava o poder temporal dos monarcas à autoridade
divina dos Papas.
e) O Concílio de Trento promoveu uma reformulação dos
dogmas religiosos católicos, disciplinando o clero e restringindo sua
autoridade aos assuntos ligados à fé cristã.
5. (Fuvest) "Depois que a Bíblia foi traduzida para o
inglês, todo homem, ou melhor, todo rapaz e toda rapariga, capaz de ler o inglês,
convenceram-se de que falavam com Deus onipotente e que entendiam o que Ele
dizia".
Esse comentário de Thomas Hobbes (1588-1679)
a) ironiza uma das consequências da Reforma, que levou ao livre
exame da Bíblia e à alfabetização dos fiéis.
b) alude à atitude do papado, o qual, por causa da Reforma,
instou os leigos a que não deixassem de ler a Bíblia.
c) elogia a decisão dos reis Carlos I e Jaime I, ao permitir que
seus súditos escolhessem entre as várias igrejas.
d) ressalta o papel positivo da liberdade religiosa para o
fortalecimento do absolutismo monárquico.
e) critica a diminuição da religiosidade, resultante do
incentivo à leitura da Bíblia pelas igrejas protestantes.
6. (Mackenzie) "É preciso ensinar aos cristãos que aquele
que dá aos pobres, ou empresta a quem está necessitado, faz melhor do que se
comprasse indulgências".
(Martinho
Lutero)
As Indulgências eram:
a) documentos de compra e venda de cargos e títulos
eclesiásticos a qualquer pessoa que os desejasse.
b) cartas que permitiam a negociação de relíquias sagradas,
usadas por Cristo, Maria ou Santos.
c) dispensas, isenções de algumas regras da Igreja Católica ou
de votos feitos anteriormente pelos fiéis.
d) proibições de receber o dízimo oferecido pelos fiéis e
incentivo à prática da usura pelo alto clero.
e) absolvições dos pecados de vivos e mortos, concedidas através de
cartas vendidas aos fiéis.
7. (Mackenzie) As transformações religiosas do século XVI,
comumente conhecidas pelo nome de Reforma Protestante, representaram no campo
espiritual o que foi o Renascimento no plano cultural; um ajustamento de ideias
e valores às transformações socioeconômicas da Europa. Dentre seus principais
reflexos, destacam-se:
a) a expansão da educação escolástica e do poder político do
papado devido à extrema importância atribuída à Bíblia.
b) o rompimento da unidade cristã, expansão das práticas
capitalistas e fortalecimento do poder das monarquias.
c) a diminuição da intolerância religiosa e fim das guerras
provocadas por pretextos religiosos.
d) a proibição da venda de indulgências, término do índex e o
fim do princípio da salvação pela fé e boas obras na Europa.
e) a criação pela igreja protestante da Companhia de Jesus em
moldes militares para monopolizar o ensino na América do Norte.
8.(Puccamp) No início da Época Moderna pode-se relacionar a
Reforma Protestante, nos campos político e cultural, respectivamente,
a) à fragmentação do poder temporal na Inglaterra e à
disseminação do racionalismo.
b) ao enfraquecimento do poder central no Santo Império e à
divulgação da língua alemã, a partir da tradução da Bíblia.
c) ao surgimento do poder de origem divina na França e ao
progresso científico.
d) ao desaparecimento do poder absolutista e à valorização do
individualismo, na Espanha.
e) à expansão do poder feudal e ao desenvolvimento da estética
barroca na pintura e na escultura, na Itália.
9. (Mackenzie) O Rei Henrique VIII, aclamado defensor da fé pela
Igreja Católica, rompeu com o Papa Clemente VII em 1534, por:
a) opor-se ao Ato de Supremacia que submetia a Igreja Anglicana
à autoridade do Papa.
b) rever todos os dogmas da Igreja Católica, incluindo a
indissolubilidade do sagrado matrimônio, através do Ato dos Seis Artigos.
c) aceitar as 95 teses de Martinho Lutero, que denunciavam as irregularidades
da Igreja Católica.
d) ambicionar assumir as terras e as riquezas da Igreja Católica e
enfraquecer sua influência na Inglaterra.
e) defender que o trabalho e a acumulação de capital são
manifestações da predestinação à salvação eterna como professava Santo
Agostinho.
10. (Uel) Dentre os fatores que contribuíram para a difusão do
Movimento Reformista Protestante, no início do século XVI, destaca-se
a) o cerceamento da liberdade de crítica provocado pelo
Renascimento Cultural.
b) o declínio do particularismo urbano que veio a favorecer o
aparecimento das Universidades.
c) o abuso político cometido pela Companhia de Jesus.
d) o conflito político observado tanto na Alemanha como na
França.
e) a inadequação das teorias religiosas católicas para com o
progresso do capitalismo comercial.
11. (Unirio) No século XVI, diversos movimentos reformistas de
caráter religioso eclodiram na Europa. Sobre esses movimentos é correto afirmar
que o:
a) Humanismo foi o primeiro movimento reformista que criticou os
abusos contidos nas práticas da Igreja Católica, propondo a submissão do Papa
ao poder secular dos imperadores e reis.
b) Luteranismo difundiu-se rapidamente entre os segmentos servis
da Alemanha e das regiões nórdicas, pois pregava a insubordinação e a luta
armada dos camponeses contra a nobreza senhorial e o clero, aliados políticos
nessas regiões.
c) Calvinismo significou um recrudescimento das concepções e
práticas reformistas, pois criticou os valores burgueses através da condenação
do empréstimo de dinheiro a juros e do trabalho manual.
d) Anglicanismo reforçou a autoridade do Vaticano na Inglaterra
com a promulgação do Ato de Supremacia, por Henrique VIII, que devolveu os bens
e as propriedades do clero católico confiscados pela nobreza inglesa.
e) Concílio de Trento marcou a reação da Igreja à difusão do
Protestantismo, reafirmando os dogmas católicos e fortalecendo os instrumentos
de poder do papado, tais como o Tribunal do Santo Ofício e a criação do índice
de Livros Proibidos.
12. (Unirio) "Deus chama cada um para uma vocação
particular cujo objetivo é a glorificação dele mesmo. O comerciante que busca o
lucro, pelas qualidades que o sucesso econômico exige: o trabalho, a
sobriedade, a ordem, responde também ao chamado de Deus, santificando de seu
lado o mundo pelo esforço, e sua ação é santa."
(João Calvino. In: Mousnier, Roland. História Geral das
Civilizações. Os séculos XVI e XVII: os processos da civilização europeia. SP:
Difel, 1973, p. 90, tomo IV, v. 1.)
A opção que correlaciona a citação acima com o contexto da
reforma protestante, no século XVI, que pregava mudanças no cristianismo e na
ação da igreja católica é o
a) calvinismo, a condenação da doutrina da predestinação
absoluta formulada pelo pensamento tomista medieval.
b) anglicanismo, a supressão do clero e dos sacramentos na vida
religiosa como forma de enfraquecimento do papado.
c) luteranismo e no calvinismo, a pregação teológica de
submissão do Estado à Igreja reformada.
d) luteranismo, a defesa do princípio da salvação do homem pela fé
sem a necessidade de intermediação da Igreja e da realização de obras pias.
e) anglicanismo e no luteranismo, a substituição do latim pelo
alemão nos cultos religiosos.
13. (Uerj) O texto a seguir se refere ao período do início da
transição do feudalismo para o capitalismo.
A expansão navegadora que decorreu do desenvolvimento mercantil
ao fim do medievalismo é contemporânea da cisão religiosa definida com a
Reforma. Como aquela expansão foi capitaneada pelas nações católicas,
"colonização" e catequese religiosa confundiram-se.
SODRÉ, N. W.
"Síntese de História da Cultura Brasileira". Rio de Janeiro: Bertrand
Brasil, 1999. 19. ed., p.15.
A articulação entre catequese e colonização na América acima
descrita pode ser entendida
a) pelo interesse do colonizador europeu em conquistar a
confiança do ameríndio, conhecedor dos caminhos que levaram às minas de metais
preciosos existentes em toda a região continental americana.
b) como uma preocupação quanto ao risco de influência das
religiões dos africanos, trazidos à América para o trabalho escravo, sobre os
ameríndios, afastando-os da "verdadeira" religião (cristã).
c) pela busca da melhoria do trabalho do ameríndio através da
influência de uma cultura superior (a europeia), o que garantiria uma possibilidade
de ascensão social do indígena a médio ou longo prazo.
d) como resultado de um conflito entre Igreja Católica e os
governantes dos Estados Modernos europeus, todos em busca de afirmação política
e econômica, apresentando assim antagonismos inconciliáveis.
e) pela fusão de interesses nem sempre pacíficos dos Estados
colonizadores e da Igreja Católica visando, entre outros objetivos, à maior
exploração do "gentio" e seu afastamento da pregação reformista.
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